Em ano de eleição é hora de tirar o esquecido título da carteira e votar. Pode ser um ato banal, mas antes da década de 30, mais especificamente em 1932, as mulheres não podiam exercer o direito ao voto. Nem de votar e nem de ser votada. Nem de escolher e nem de ser escolhida. Afinal, sempre nos designaram o espaço doméstico: limpar, arrumar, cozinhar, passar. Mulher com opinião política? Não, seu moço, nem pensar.
Pois então, passados mais de 80 anos aqui estamos, ocupamos a casa, o mercado de trabalho, as ruas e cada vez mais o poder político. Hoje se luta para que um número maior de mulheres alcance o poder. Mas isso não é tão fácil quanto parece.
Atualmente, temos uma mulher presidenta eleita, as mulheres ocupam 9,2% das cadeiras na Câmara dos Deputados, 8,6% no Senado e 7,4% nos governos estaduais, ou seja, mais de 90% dos cargos eletivos são ocupados por homens. Nós ocupamos apenas 10% das prefeituras e somos 12% dos membros das câmaras municipais.
Mas existe uma lei que pode ajudar a reverter essa situação se for devidamente cumprida. É a lei 12.034/09 que determina que os partidos ou coligações garantam o mínimo de 30% de mulheres candidatas. E mais que isso, é importante que os partidos garantam apoio financeiro e político para as candidatas, igual como fazem com os demais candidatos. Caso contrário, de nada valerá essa lei.
Além disso, 5% do fundo partidário devem ser investidos na capacitação de mulheres e 10% do tempo de propaganda na TV devem ser destinados a elas. Nada mais coerente do que o cumprimento dessa cota para dar oportunidade justa às mulheres.
Nesse ano, uma pesquisa revelou que 41% dos brasileiros acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as mulheres fossem maioria na política.
Tudo bem que tem mulheres que preferem se dedicar a outras atividades, mas o importante é que se garanta a igualdade na disputa política àquelas mulheres que querem ser candidatas. Votar é um direito e ter participação equânime entre homens e mulheres no poder também é!
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